A indústria da construção continua com um nível de atividade baixo. Em abril, segundo a Sondagem Indústria da Construção divulgada nesta sexta-feira, 23, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), esse indicador ficou em 45,4 pontos, ante 47 pontos registrados em março. O índice continuou abaixo da linha divisória de 50 pontos. Pela metodologia da pesquisa, o indicador varia no intervalo de zero a 100, sendo que acima de 50 indica aumento e abaixo, queda da atividade.

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Quando comparado ao usual, o nível de atividade também aponta desaquecimento do setor. O indicador do nível de atividade efetivo em relação ao usual ficou em 42,6 pontos em abril. Em março, era 43,5 pontos. Segundo a CNI, o índice está abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo 24º mês consecutivo.

O menor nível de atividade tem reflexos diretos no número de empregados e utilização de recursos produtivos. O indicador de evolução do número de empregados voltou a registrar queda em abril, ficando em 46,3 pontos ante 46,6 pontos de março. A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) manteve-se estável, em 69%, pelo terceiro mês consecutivo. A CNI avalia que isso reflete “que a disponibilidade de recursos está diminuindo em linha com a redução na atividade”.

Expectativa em baixa

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Essa desaceleração da atividade na indústria da construção tem reflexos no otimismo dos empresários do setor. Em maio, o indicador que mede a expectativa sobre o nível de atividade para os próximos seis meses ficou em 52,1 pontos, o menor nível desde o início da série, em dezembro de 2009.

O indicador de expectativa também varia de zero a cem. Acima de 50 pontos, indica empresários confiantes. “Embora ainda estejam acima dos 50 pontos, todos os indicadores de expectativa recuaram em maio”, destaca a pesquisa da CNI.

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O índice que mede a expectativa para novos produtos e serviços ficou em 52,1 pontos (ante 53,7 pontos em abril), o de compras de insumos e matérias-primas foi de 52 pontos (ante 54,2 pontos) e o de número de empregados caiu de 52,7 pontos em abril para 52,1 pontos agora em maio. “A indústria da construção continua a mostrar um cenário desfavorável e com baixo otimismo”, destaca a CNI.

A Sondagem foi feita entre 5 e 14 de maio, com 537 empresas, das quais 169 de pequeno porte, 245 médias e 123 grandes.