Ático: déficit externo de junho segue padrão sazonal

O déficit na conta corrente do balanço de pagamentos caiu em junho, de US$ 6,635 bilhões em maio para US$ 3,345 bilhões, mas está delineando o mesmo desenho do ano passado, ou seja, acompanha a sazonalidade, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o economista da Ático Asset Management, Danilo Delgado.

Ele ressalta como indício de que as contas externas do Brasil não devem fazer um caminho diferente do que se viu no ano passado – quando o exercício se encerrou com um déficit de US$ 81,374 bilhões – o déficit acumulado em 12 meses, que se mantém estável na marca de 3,58% do PIB. “Esse patamar é muito alto para os nossos padrões históricos”, emendou Delgado.

Ainda de acordo com o economista da Ático, muito da redução do déficit da conta corrente de maio para junho se deve à balança comercial. “Mas boa parte do crescimento do saldo comercial em junho (US$ 2,365 bilhões ante US$ 712 milhões em maio) deve-se à redução das importações e não a um aumento das exportações.” Para o economista, as exportações foram beneficiadas pelos embarques da safra agrícola, mas as importações caíram, o que reforça a avaliação de arrefecimento da economia.

Quanto à redução do Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil, de US$ 5,963 bilhões em maio para US$ 3,924 bilhões no mês passado, o economista da Ático entende que o importante é olhar para o acumulado em 12 meses, que se mantém estável. Segundo informou hoje o Banco Central (BC), em 12 meses até junho o IED somou US$ 63,270 bilhões, equivalentes a 2,79% do Produto Interno Bruto (PIB). Contudo, de acordo com Delgado, se a média mensal de ingresso de IED no Brasil se mantiver abaixo do cerca de pouco mais de US$ 5 bilhões, dificilmente o total de investimentos estrangeiro no País vai atingir os US$ 60 bilhões esperados pelo BC.

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