Segunda maior distribuidora de combustíveis do País, atrás da BR, a Raízen (joint venture entre Cosan e Shell) acredita que o abastecimento vai ser normalizado nos próximos dias, após a greve dos caminhoneiros. Luís Henrique Guimarães, presidente da companhia, ainda não vê com preocupação a paralisação dos petroleiros, deflagrada ontem. A seguir, os principais trechos da entrevista.

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Quanto tempo ainda demora para o abastecimento voltar ao normal?

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Depende da região. As pessoas não têm ideia do impacto que (a greve) tem para a cadeia. Acredito que, agora, com o feriado prolongado, o fluxo seja mais rápido. Até o fim de semana, a situação irá se normalizar. Há regiões que foram mais afetadas, como Betim (MG), por exemplo. Nosso trabalho agora é reorganizar estoques. Os consumidores nem sempre se dão conta porque o produto está sempre lá nos postos.

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O sr. vê a greve dos petroleiros com preocupação?

Não. O que foi das refinarias para as distribuidoras, em sua grande maioria, é via duto. Segundo ponto é que a Petrobras tem enorme competência para conduzir essa crise. A Raízen vai fazer a sua parte.

Como a Shell recebeu a notícia da crise?

Não muda a percepção deles sobre o Brasil. Eles acompanham o desenrolar e acreditam na capacidade da companhia de conduzir a crise.

Como foram as conversas das distribuidoras em Brasília?

Todas tentaram administrar a situação: saber quais eram os locais mais frágeis. Houve uma conjunção de energia ali para resolver este problema.

Qual foi o impacto na Raízen?

As perdas foram representativas, mas não temos a magnitude (o faturamento da Raizen Distribuidora é de cerca de R$ 8 bilhões por mês).

Como a discussão tributária deve ser conduzida?

A discussão futura tem de ser de criar mecanismos para que se possa poupar para poder gastar nos momentos como estamos vivendo agora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.