A Black Friday brasileira, a megaliquidação inspirada no evento que ocorre todos os anos no varejo dos Estados Unidos um dia depois do dia de Ação de Graças, quando as lojas liquidam os estoques antigos de produtos, virou um balaio de gatos. De alimento a veículos, passando por viagens e até diária de motel, tudo é passível de desconto.

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Na Black Friday deste ano ganhou força o abatimento em produtos financeiros, especialmente no momento em que a demanda por crédito está em baixa e os bancos querem ampliar o volume de empréstimos.

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O banco Santander, por exemplo, vai oferecer condições especiais para linhas de crédito destinadas a pessoas físicas e jurídicas entre os dias 21 e 25 deste mês. No crédito pessoal e no consignado, por exemplo, o corte na taxa de juros é de 15%. Para a empresa que contratar duas ou três maquininhas de cartão, o desconto será de 50% no valor do aluguel até o carnaval, diz o banco.

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O Estado apurou que o Itaú Unibanco também deve a aproveitar a Black Friday para comercializar planos de Previdência. Procurada, a assessoria de imprensa do banco informou, até o fechamento desta edição, que não havia conseguido resposta da área responsável.

Por causa da crise, o aperto neste ano é tão grande no varejo que até pratos prontos e viagens de intercâmbio vão entrar na rota de descontos. As lojas do Hirota Food Express vão oferecer corte de 20% no preço de oito pratos prontos só no dia 25 de novembro. Já a empresa de intercâmbio Global Study começou ontem a dar desconto de até R$ 8 mil em viagens de intercâmbio para estudantes.

Com tantos setores envolvidos, a expectativa do mercado é que a Black Friday deste ano atinja faturamento de R$ 2,1 bilhões, com crescimento de 34% em relação ao evento de 2015, apesar da crise.