A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) divulgada nesta quarta-feira mostrou que alguns dirigentes veem nova alta nos juros em breve como apropriada. No entanto, houve consenso geral para aguardar mais dados antes de mudar a taxa de juros.

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Na reunião, que ocorreu nos dias 16 e 27 de julho, o colegiado ficou dividido e buscou deixar as opções abertas em relação à alta de juros, uma vez que eles tentaram reconciliar as diferenças sobre as perspectivas econômicas e quando devem aumentar os juros de curto prazo.

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Vários querem esperar até estarem mais confiantes de que inflação subiria para o objetivo do Fed de 2% – enquanto outros acreditam que os EUA estão perto de um mercado de trabalho totalmente recuperado e um aumento da taxa logo estaria garantido, de acordo com a ata divulgada nesta quarta-feira.

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No geral, a ata mostrou que há possibilidade de alta de juros em setembro, mas o Fed não deve se comprometer com qualquer movimento até que um consenso mais forte sobre as perspectivas econômicas de crescimento seja alcançado, assim como no emprego e na inflação.

Vários dos dirigentes preferiram aguardar por mais sinais para ficarem mais confiantes sobre a trajetória da inflação nos Estados Unidos. Nesta semana, foi informado que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou estável em julho ante junho, como previsto, mas o núcleo do CPI subiu 0,1% no mês em julho, abaixo da estimativa de +0,2% dos analistas. A meta do Fed é de 2%.

Outros dirigentes viram a alta nos salários como um evidência de um aperto no mercado de trabalho. Além disso, notaram que o país se aproxima do pleno emprego. De qualquer modo, houve um consenso de que era adequado aguardar mais dados, antes de se decidir por uma mudança na taxa de juros.

O documento registra também que os dirigentes discutiram a abordagem política de longo prazo na política monetária, mas concluíram que não é necessário tomar decisões em relação a isso “por algum tempo”.

Em relação à saída do Reino Unido da União Europeia (UE), conhecida como Brexit, a ata mostrou que os dirigentes da instituição veem o sistema financeiros dos Estados Unidos como resiliente ao voto do Reino Unido para sair da União Europeia. Além disso, falaram sobre incertezas em relação ao Brexit e talvez a desaceleração das contratações tenha recuado.

Sobre os bancos, os dirigentes acreditam que os bancos europeus estão sob pressão, principalmente os bancos italianos. Fonte: Dow Jones Newswires.