Ata do Copom sem surpresas

São Paulo – A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho será divulgada hoje pelo Banco Central. Na última reunião, que se encerrou no dia 23, o Copom confirmou um corte de 1,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, de 26% ao ano para 24,5%. Para a economista Ana Paula Higa, do Banco Santos, o documento deverá indicar, entre outras justificativas para a redução da Selic, a redução do fator de inércia na composição da taxa de inflação. Outra coisa que os analistas do mercado esperam desta ata, afirma Ana Paula, é o peso que o Banco Central atribuiu à baixa atividade na sua decisão de cortar 1,5 ponto na taxa básica de juros em julho.

“No geral, não será uma ata que deverá alterar as expectativas do mercado”, diz a economista do Banco Santos. Ela acredita também que será uma ata que reforçará o tom comedido que o presidente do BC, Henrique Meirelles, antecipou em entrevista publicada pelos jornais na segunda-feira (28). “Deverá mostrar um BC gradualista, atento aos fundamentos”, diz Ana Paula.

É este tom gradualista que deverá nortear o conteúdo da ata da reunião do Copom, segundo o economista Jankiel Santos, do Departamento Econômico do ABN Real Amro Bank.

Para o economista-chefe da Unibanco Asset Management (UAM), Alexandre Mathias, os relatos feitos durante os dois dias de reunião do Copom, 22 e 23 de julho, deverão revelar muito mais do que o mercado espera. O principal objetivo da ata, segundo Mathias, será o de justificar o corte de 1,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, sem grandes pretensões de alterar as expectativas do mercado.

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