Ata do Copom projeta inflação maior para 2014

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014 no cenário de mercado em relação ao valor considerado na reunião de janeiro. Essa projeção continua acima da meta para a inflação, segundo as novas informações do BC divulgadas nesta quinta-feira, 6, por meio da ata que explica a decisão do colegiado de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano.

No cenário de referência, de acordo com o documento, a estimativa para a inflação de 2014 “se manteve relativamente estável” em relação ao valor considerado na última reunião, e permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para a inflação em 2015, a projeção no cenário de referência teve redução ante o valor considerado na reunião de janeiro, mas ainda se encontra acima da meta. No cenário de mercado, a projeção do IPCA para o ano que vem manteve-se estável, segundo o documento divulgado hoje.

Na ata anterior, relativa à reunião de janeiro, o documento trazia apenas que, para 2015, “em ambos os cenários, a projeção de inflação se posiciona acima da meta” e não detalhava se havia ocorrido um movimento de alta ou de baixa em relação à perspectiva anterior. Vale lembrar que, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado ao final de dezembro do ano passado, o BC havia informado que, no cenário de referência, sua expectativa era de uma inflação em 5,6% ao final de 2014 e de 5,4% no encerramento do ano que vem. Já no cenário de mercado, a projeção do Copom é de IPCA encerrando 2015 em 5,3% – a mesma taxa de 5,6% é aguardada para o acumulado deste ano.

Ajuste

O BC manteve a avaliação de que é apropriada a continuidade do ciclo de ajuste das condições monetárias ora em curso, mas retirou o termo “ritmo” que constava na ata da reunião anterior.

Na ata da reunião do Copom de janeiro, a diretoria do BC tinha destacado que era “apropriada” a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso”. Na reunião da semana passada o BC elevou de 10,50% para 10,75% a taxa básica de juros, a Selic. Foi a oitava alta seguida desde abril de 2013, quando o Copom iniciou o ciclo de aperto monetário.

A ata de agora também trouxe outra mudança ao acrescentar que os efeitos das ações de política monetária sobre a inflação são “cumulativos”. O documento manteve a ponderação de que esses efeitos se manifestam com defasagens. O Banco Central manteve a avaliação a inflação ainda mostra resistência, mas incluiu que isso acontece “não obstante moderação observada na margem”.

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