Ata do BC observa que atividade global, agora, mostra maior moderação

O Banco Central vislumbrou uma mudança no cenário internacional entre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho e de setembro, provavelmente levando em consideração as últimas notícias a respeito da China. Para o colegiado, de acordo com ata divulgada na manhã desta quinta-feira, 10, a tendência de atividade global mostrou “maior moderação” ao longo do horizonte relevante para a política monetária. Até então, o Copom falava sobre uma atividade global “mais intensa”. Além disso, o BC traz a avaliação de que há novos focos de volatilidade para os mercados.

Segundo o BC, as perspectivas continuam indicando recuperação da atividade em algumas economias maduras e intensificação do ritmo de crescimento em outras. Nessas economias, no entanto, permanece limitado, de modo geral, o espaço para utilização de política monetária e prevalece um cenário de restrição fiscal. “Importantes economias emergentes experimentam período de transição e, nesse contexto, de maior moderação no ritmo de atividade, em que pese a resiliência da demanda doméstica”, escreveram os membros do Copom.

De qualquer forma, o colegiado considera que, desde sua última reunião, permaneceram elevados os riscos para a estabilidade financeira global, a exemplo dos derivados de mudanças na inclinação da curva de juros em importantes economias maduras.

“Apesar de identificar baixa probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais, o Comitê pondera que o ambiente externo permanece complexo, com episódios de maior volatilidade afetando importantes economias emergentes”, consideraram os diretores.

O BC salientou ainda que há evidências de “novos focos” de volatilidade nos mercados de moedas e de renda fixa. Além disso, citou sinalizações de moderação na dinâmica dos preços de commodities. “Especificamente sobre o petróleo, o Comitê assinala que, independentemente do comportamento dos preços domésticos da gasolina, a evolução dos preços internacionais tende a se transmitir à economia doméstica tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica, quanto por intermédio das expectativas de inflação.”

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