A ata da última reunião do Copom trouxe pouca informação sobre as perspectivas em torno da taxa básica de juros, mas o tom mais ameno do documento indica que o ciclo de aperto monetário não deve se estender além de maio, na avaliação do economista-chefe do UBS, Guilherme Loureiro. Em nota, ele afirma que a projeção da instituição financeira é de uma última alta de 0,25 ponto porcentual na reunião do mês que vem, já que os riscos permanecem e a inflação segue pressionada, “em linha com o IPCA de março, batendo em 6,15% em 12 meses”, afirmou.
O economista destacou, entre outros pontos, que o Banco Central modificou parágrafos indicando menor preocupação com as pressões inflacionárias. Loureiro ressaltou ainda que a autoridade monetária minimizou a alta de preços em alimentos in natura, classificando-a como um “choque temporário”, e reforçou que grande parte do ciclo de aperto monetário ainda vai se materializar nos preços ao consumidor.
De acordo com o UBS, a próxima decisão do Comitê de Política Monetária vai depender de dados a serem divulgados sobre inflação em maio, quando o Copom poderá decidir se eleva os juros ou se encerra o ciclo de aperto monetário no mês que vem.
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