Associação eleva previsão de superávit comercial a US$ 41,9 bilhões

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) revisou para cima a estimativa de superávit para a balança comercial de 2007, de US$ 36,13 bilhões divulgados anteriormente para US$ 41,91 bilhões, segundo adiantou para a Agência Estado o vice-presidente da entidade, José Augusto de Castro. Segundo ele o aumento na previsão de superávit foi motivado pelo ótimo desempenho das commodities, que continuam a subir, mundialmente, em valor e quantidade.

A AEB faz apenas uma revisão anual das projeções para o comércio exterior brasileiro. Caso seja confirmado, o superávit da balança neste ano será 9% inferior ao apurado no ano passado, quando chegou a US$ 46,074 bilhões, por causa do crescimento mais forte das importações.

A projeção para o valor de exportações em 2007 foi revisada de US$ 138,02 bilhões divulgados anteriormente para US$ 159,61 bilhões, também sob impacto das commodities. Se confirmado esse valor, as exportações vão crescer 16,1% ante 2006. Segundo Augusto de Castro, "como tem ocorrido consecutivamente desde 2000, também em 2007 o montante de exportações será recorde, graças exclusivamente ao favorável cenário econômico internacional, que tem mantido em patamares elevados a demanda e a cotação das commodities, responsáveis por 65% das receitas de exportação do Brasil".

As importações também foram revisadas para cima, de US$ 101,890 na projeção anterior para US$ 117,7 bilhões, neste caso por causa da valorização adicional que vem ocorrendo no real. A previsão significa um crescimento de 28,8% no valor importado em relação ao registrado no ano passado. As importações também serão recorde, pelo quarto ano seguido, segundo o vice-presidente da AEB, "devido à valorização do real, que reduz custo de importação, estimulando a substituição de insumos e bens produzidos no Brasil por importados, a fuga de capitais, o desemprego local e o emprego externo, além de desestimular a industrialização local e a atração de capitais para a produção destinada ao mercado doméstico".

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