A contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre deste ano levará a uma forte recuperação no segundo trimestre, publicou a Associação Nacional de Economia Corporativa (Nabe, em inglês), em pesquisa trimestral, mas os entrevistados reduziram a projeção de 2014, de modo a refletir o fraco início de ano.
O painel de associados à Nabe declarou esperar um crescimento econômico mais forte nesse ano que no anterior, disse o presidente da instituição, Jack Kleinhenz, em comunicado.
O consenso é de um avanço de 3,5% do PIB real no segundo trimestre, a uma taxa anualizada. Esse crescimento deve ser impulsionado pela atividade que foi adiada do primeiro trimestre devido às más condições climáticas. Em março, a estimativa era de uma alta de 2,8%.
Para o terceiro e o quarto trimestre, as projeções são de alta de 3,1% e 3,2%, também a taxas anualizadas. Os dois números superam os da previsão de março, mas a inesperada contração no início do ano fez o painel da associação, que conta com 47 projeções, revisar o PIB de 2014 para baixo: alta de 2,5%, comparável a um ganho de 1,9% no ano passado e de 2,8% nas expectativas anteriores.
Kleinhenz explicou que as estimativas para investimentos das empresas, construção de imóveis, exportações e gastos do governo foram reduzidas. Por sua vez, os gastos dos consumidores e o mercado de trabalho devem melhorar mais que o esperado inicialmente. Em 2015, a estimativa não muda: crescimento de 3,1%.
A pesquisa revelou um forte otimismo com o crescimento do mercado de trabalho, com a expectativa pela adição mensal de 209 mil postos de trabalho por mês neste ano, de 188 mil na pesquisa de março. A taxa de desemprego deve cair para uma média de 6,2% neste ano e 5,9% no próximo.
Mesmo assim, os juros não devem subir consideravelmente no curto prazo. A mediana dos projeções do painel prevê que a Fed Funds Rate avance para 0,75% no fim de 2015. Apenas 7% dos entrevistados acreditam que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) não irá alterar as taxas de juros no próximo ano, enquanto 86% projetam uma alta em 2015. Fonte: Market News International.
