O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, afirmou nesta segunda-feira, 18, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o setor recebeu “muito positivamente” o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovado domingo, 17, à noite pela Câmara dos Deputados. “A gente sente uma esperança a partir de agora”, disse ele, que também é sócio-diretor da consultoria Canaplan.

continua após a publicidade

Para Corrêa Carvalho, também há “boa impressão” em relação à figura do vice-presidente Michel Temer, que pode vir a assumir a Presidência da República caso o Senado Federal aceite e instale o processo de impeachment. “Ele é o oposto da Dilma. Acho que, com ele, a relação entre Congresso e Executivo vai melhorar muito. Ele provavelmente vai ter um ótimo relacionamento com o Judiciário. Ele tem chances de fazer um governo de transição muito importante.”

Ainda de acordo com Corrêa Carvalho, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), “ficou numa posição muito à deriva” de seu próprio partido. Isso porque ela se manteve fiel à presidente Dilma mesmo após o desembarque do PMDB do governo, no fim de março, o que gerou críticas do próprio agronegócio a essa postura.

O presidente da Abag ponderou que acredita que, num eventual governo Temer, há “grandes chances” de que haja um Ministério da Agricultura mais fortalecido.

continua após a publicidade

Especulações em Brasília dão conta que entre os nomes para assumir a Agricultura em um eventual governo de Michel Temer estão o ex-secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e vice-líder da bancada do PSD, deputado federal Marcos Montes (MG); e o ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da FGV (GV Agro), Roberto Rodrigues.