O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) promove amanhã assembleias itinerantes com funcionários da Gol Linhas Aéreas para decidir se vão paralisar as atividades. Segundo a presidente do SNA, Selma Balbino, as reuniões serão realizadas em todos os aeroportos onde há sindicalizados à entidade ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), com destaque para o Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

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Haverá reuniões em dois turnos: das 10h30 às 13 horas e das 22 horas à meia-noite. Os trabalhadores pedem melhores salários, equiparação salarial entre categorias e planos de saúde, além do fim do excesso de jornada. Eles também se queixam de assédio moral.

Os trabalhadores também têm como alternativa aguardar o resultado da próxima audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), agendada para o dia 20 de agosto. De acordo com o SNA, durante a primeira mediação, realizada no último dia 9 pela procuradora Laura Martins Maia de Andrade, a Gol negou irregularidades e se recusou a diminuir a jornada de trabalho dos funcionários.

O SNA não engloba Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. No caso paulista, o Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo (Saesp) diz não ter, no momento, problemas fortes o suficiente para deflagrar uma greve. “Entramos hoje com pedido de reunião no Ministério Público do Trabalho para discutir alguns itens. Só pensaremos em greve se não houver entendimento nesta reunião”, afirmou o presidente do Saesp, Reginaldo Alves de Souza.

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Segundo ele, dentre os pontos que os sindicalistas querem discutir com a Gol estão o reajuste de 35% do plano de saúde dos funcionários, melhoria das condições em postos expostos ao perigo e reembolso aos mecânicos. “Com relação ao salário, não temos discussões neste momento, já que a campanha de reajuste começa só em outubro.”

O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru) fará amanhã, às 11 horas, assembleia no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Eles também vão deliberar sobre uma greve na Gol. Este sindicato reclama da terceirização de atividades em áreas como carregamento, descarregamento e limpeza de aeronaves. Eles se queixam, também, que a Gol “não se compromete com o cumprimento da convenção coletiva e da regulamentação da categoria”, conforme comunicado enviado aos membros do sindicato.

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Nesta semana, o presidente da Gol, Constantino Oliveira Junior, disse que não vê risco potencial de greve dos funcionários da companhia. Ele comentou que no último dia 9 o Ministério Público intermediou conversas entre a companhia e o SNA, mas o executivo se queixou que os sindicalistas não têm uma proposta clara para apresentar. “Estamos abertos ao diálogo, mas não podemos ter uma conversa sem uma proposição sobre a mesa.” Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Gol disse que não se pronunciaria porque não havia recebido comunicado formal de entidades sindicais sobre eventuais greves.