Na quinta edição da pesquisa, o professor Moisés Balassiano, da Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro, divulgou, esta semana, a lista das cem melhores cidades do Brasil para se desenvolver uma carreira. Curitiba está em segundo lugar. Ele explica que do estudo participaram 5% dos municípios brasileiros, sendo esses os maiores – com mais de 170 mil habitantes – e com depósitos à vista, um indicador de renda, mais altos – de R$ 210 milhões. Foram 126 municípios avaliados nos critérios educação, vigor econômico e oferta de serviços em saúde. Os municípios do Paraná se destacam pelas oportunidades. Curitiba ficou em 5 no ranking geral.
?Avaliamos, primeiro, se o município oferece condições para estudos: aspectos como número de cursos de graduação, mestrado e doutorado. O segundo critério é o vigor econômico medido em função da arrecadação do ISS e renda per capita. Por último, consideramos as ofertas em serviço de saúde, número de leitos e profissionais na área?, explica Balassiano.
Entre os 25 municípios da região sul apontados na pesquisa, oito são do Paraná. No ranking regional, além de Curitiba (2.º lugar), estão Londrina em 5.º; Maringá em 6.º; Cascavel 12.º; São José dos Pinhais 17.º; Foz do Iguaçu 20.º; Ponta Grossa 21.º; e Guarapuava em 23.º lugar. ?Curitiba vem se destacando. No ano passado estava em sétimo lugar geral e já subiu para o quinto lugar. A cidade tem grandes possibilidades, principalmente porque muitas empresa estão vindo para cá. Só oferecer emprego não basta, é preciso oportunidade para o desenvolvimento do profissional. Curitiba tem uma oferta grande em educação, que é compatível com a demanda e está bem posicionada no ranking de PIB per capita?, comenta o pesquisador. Ainda segundo ele, outro dado que chama atenção é a proximidade entre Londrina e Maringá, que no ranking geral assumem, respectivamente, a 26.ª e 27.ª posição. ?Os dois municípios estão bem. O interessante é que seguem sempre juntos, têm perfil semelhante de oportunidades?, diz Balassiano.
Segundo o professor responsável pela pesquisa, o objetivo do ranking não é a simples comparação entre as cidades. ?O objetivo é mapear os locus de oportunidades profissionais. A idéia não é influenciar, mas mostrar onde estão as oportunidades, onde apostar suas fichas?, afirma. Ainda de acordo com o Balassiano, muitas cidades mostraram ter potencialidades, mas que não são aproveitadas. ?Essa pesquisa seria também uma forma de mostrar isso ao poder público?, conclui.