O diretor presidente da Arteris, David Díaz, afirmou nesta terça-feira, 25, que o pagamento da outorga e os investimentos relacionados ao lote Rodovias dos Calçados, arrematado hoje pela empresa, serão financiados via empréstimo-ponte e aporte de acionistas.

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“Parte do empréstimo-ponte poderá ser refinanciado com um financiamento de longo prazo, tanto do mercado de capitais quanto do BNDES”, disse Díaz, em conversa com jornalistas após a sessão pública de concessão do lote.

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A Arteris arrematou o ativo ao oferecer R$ 1,213 bilhão para a primeira parcela de outorga, um ágio de 438,17% em relação ao valor mínimo estipulado para a disputa, de R$ 225,483 milhões. Considerando a segunda parcela da outorga, também de R$ 225,483 milhões, a outorga total a ser desembolsada pela companhia chega a R$ 1,438 bilhão – ao todo, a rodovia envolve investimentos de R$ 5 bilhões ao longo de 30 anos de concessão.

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Questionado a respeito da agressividade da companhia na proposta, Díaz ressaltou que a região cortada pelo lote possui sinergias com a atual malha da Arteris, lembrando ainda que a empresa já administrava parte das rodovias que compõem o lote através da concessionária Autovias.

“Toda essa região é bem diversificada, com um componente agrícola muito forte e também com uma participação industrial”, disse o executivo. “Já estamos operando mais três concessões nessa área do interior de São Paulo, acreditamos muito no potencial dessa área”.

Quanto ao interesse da Arteris nas próximas concessões rodoviárias, tanto federais quanto estaduais, Díaz limitou-se a afirmar que a Arteris continuará atenta às novas oportunidades, mas que será seletiva para continuar com seu projeto de crescimento.

“Das concessões federais, uma delas é a BR-101, em Santa Catarina, numa área que conhecemos bem. É uma (rodovia) que pode ser interessante para nós”, avaliou, sem entrar em maiores detalhes. “Hoje, estamos focados exclusivamente em rodovias, e nossa previsão é continuar assim.”