A arrecadação federal bateu novo recorde em setembro, ao somar R$ 22,820 bilhões. É o maior volume da história, se for considerada a série em valores nominais. Em termos reais, ou seja, aplicando as taxas de inflação sobre as receitas, o resultado de setembro é o terceiro maior já registrado, perdendo somente para agosto de 1998 e janeiro deste ano. Foi por conta dessa arrecadação recorde que o governo anunciou, ontem (9), a liberação de R$ 1,5 bilhão em despesas do Orçamento da União.
O resultado só foi alcançado graças a receitas extraordinárias, que somaram R$ 5,460 bilhões e não se repetirão nos próximos meses. Só em tributos atrasados da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, foi recolhido R$ 1,780 bilhão. A Medida Provisória 66, que incentivou contribuintes a desistir de ações contra a Receita e pagar os atrasados com perdão de multa e juros reduzidos, rendeu mais R$ 1,714 bilhão para os cofres federais.