A arrecadação de tributos e contribuições registrou, em novembro, uma desaceleração pelo quarto mês consecutivo e se aproxima da estimativa de crescimento da Receita Federal para 2011. Números divulgados hoje pelo Fisco mostram que, de janeiro a novembro, a arrecadação teve uma alta real de 11,69%. A projeção da Receita é de que a expansão da arrecadação este ano ficará entre 11% e 11,5%. Em julho, a alta acumulada no ano era de 13,98%, mas foi mostrando arrefecimento nos meses seguintes.
A arrecadação federal somou R$ 78,968 bilhões no mês passado. O valor superou em 6,39% o desempenho de novembro de 2010 em termos reais, mas representa uma queda real de 11,47% na comparação com outubro deste ano.
A arrecadação de novembro também ficou acima da mediana das projeções, de R$ 78,750 bilhões. O AE Projeções havia coletado um intervalo entre R$ 73,300 bilhões a R$ 83,500 bilhões em novembro com um grupo de 14 instituições financeiras.
No ano, a arrecadação já acumula R$ 873,275 bilhões até novembro, em termos reais. O desempenho das receitas no período é 11,69% maior do que o verificado nos mesmos meses de 2010 em termos reais e 19,09% em termos nominais.
Todos os impostos e contribuições federais registraram crescimento no acumulado de janeiro a novembro de 2011 em relação ao mesmo período de 2010. A expansão no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) foi de 14,22% no período e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), de 23,32%.
Já no Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) a alta registrada no período foi de 20,96%, impulsionada pela tributação sobre os ganhos de capital na alienação de bens. A arrecadação do IPI-Outros subiu 12,38% e a do IPI-Automóveis avançou 22,21%.
As alterações das alíquotas do IOF nas operações de crédito da pessoa física e de câmbio levaram a um aumento no recolhimento de IOF de 12,31% este ano até novembro. Na Cofins, o aumento da arrecadação foi de 7,17% e no PIS, de 8,30%.