A arrecadação tributária efetuada pela Receita Federal em Paranaguá teve um crescimento de 240%, entre março de 2006 e dezembro de 2007. ?Em 2007, Paranaguá foi um dos destaques nacionais em termos de movimentação de cargas. Começamos este ano muito melhor do que o ano passado. Isso significa que o ano deve ser ótimo. Estamos em franca expansão?, afirmou o inspetor chefe da Receita Federal no município, Arthur Cazella.
Em março de 2006, a Receita Federal arrecadou R$ 53,1 milhões com as operações de comércio exterior em Paranaguá. Em dezembro de 2007, foram R$ 132,7 milhões. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2008, a arrecadação fiscal em Paranaguá também demonstrou aumento. Foram R$ 328 milhões nos dois primeiros meses do ano, contra R$ 193 milhões no mesmo período do ano passado, o que significou um aumento de 69,94%. Os números referentes aos meses de março e abril ainda não foram fechados.
Os dados divulgados pela Receita mostram que a participação de Paranaguá em relação ao Brasil em comércio exterior, em março de 2006, era de 1,9%. Em dezembro de 2007, passou para 3,7%, o que representa um aumento de 130% em relação ao país. ?Estes números derrubam tabus. Paranaguá continua exportando e está aumentando. Mas também somos um porto importador e isso, em termos de arrecadação de impostos, é bastante significativo?, explicou o inspetor.
Considerando o valor das mercadorias, houve um aumento de 100% nas importações e de 30% nas exportações. Analisando as quantidades, o crescimento foi de 100% nas importações e de 20% nas exportações. ?A arrecadação subiu mais do que a quantidade movimentada porque houve um aumento do valor agregado das mercadorias movimentadas em Paranaguá?, explicou Cazella. O crescimento na movimentação de veículos demonstra esta mudança de perfil do porto.
Fiscalização
Outra explicação para os bons números registrados no Porto de Paranaguá é o endurecimento na fiscalização. Desde 2002, com a adoção da ferramenta Radar, a Receita Federal não está dando trégua para os maus operadores portuários.
?Até 2002, a receita tinha caráter objetivo, se preocupava apenas com a mercadoria. Com a adoção do Radar, conseguimos separar o joio do trigo. Temos um cadastro, um banco de dados completo, que qualquer auditor tem acesso. Se o histórico do operador não é bom, o auditor já sabe que precisa estar atento. Com este trabalho, estamos afastando os maus operadores e estamos trazendo os bons para cá?, afirmou Cazella.
O resultado deste trabalho pode ser comprovado ao se visitar o novo armazém da Receita Federal em Paranaguá, que acaba de ser inaugurado. Em pouco tempo, a área de 17 mil metros quadrados foi preenchida com as apreensões.
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