Os argentinos sacaram US$ 645 milhões em depósitos denominados em dólar dos bancos privados locais na primeira semana que se seguiu à uma medida do governo para dificultar a compra da moeda americana por pessoas físicas e jurídicas. O número, publicado pelo banco central argentino na noite de ontem, indica que a medida causou tensão entre os argentinos e os levou a agir como em tempos de crise, quando normalmente intensificam a compra de dólares ou os sacam recursos do sistema bancário.
Antes de a medida ser anunciada, em 31 de outubro, os bancos privados contavam com depósitos no valor de US$ 14,833 bilhões, segundo o banco central argentino. Cinco dias depois, a quantia havia caído 4,3%, para US$ 14,188 bilhões. Na mesma semana, os depósitos em peso cresceram 4,2%, informou o BC.
Oficialmente, o governo da Argentina afirma que a medida se destina a combater a lavagem de dinheiro, mas analistas acreditam que seu verdadeiro objetivo é conter a fuga de capitais, que reduziu as reservas do banco central para US$ 46,57 bilhões, ante os US$ 52 bilhões do início de agosto. As informações são da Dow Jones.