Cerca de 70 empresários argentinos estão no Paraná e participaram, ontem, na Federação do Comércio do Paraná, da primeira rodada de negócios, que tem continuidade hoje.
São representantes de diversas atividades econômicas, entre elas alimentos, autopeças, bebidas, cosméticos, eletrodomésticos, máquinas e ferramentas, material de construção, equipamentos, têxtil, vestuário, turismo, serviços, etc.
A comitiva é composta, em sua maioria (90%), por empresários de pequenas e médias empresas, que buscam parceiros, novos fornecedores e clientes brasileiros. A expectativa é reunir 170 empresários nos dois dias de negócios.
Entre as autoridades presentes na solenidade de abertura, destaque para o governador Orlando Pessuti, para quem o evento demonstra aos líderes e empresários argentinos, o valor que o Paraná atribui às relações científicas, culturais, industriais, turísticas e comerciais entre os dois países.
“Essa reunião bilateral entre Brasil e Argentina permitirá que possamos aprofundar nosso conhecimento da realidade argentina e da brasileira, da realidade paranaense e das províncias argentinas. Queremos estreitar ainda mais esses laços, afinal, a Argentina é o principal destino dos produtos brasileiros no Mercosul e vice-versa”, afirma Pessuti.
Já o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana, destacou a relevância das relações comercias entre o Brasil e a Argentina, que justificam a existência da Câmara de Comércio Exterior, no âmbito da Federação do Comércio, para dar apoio aos empresários.
“Divido as coisas da seguinte forma: a indústria, normalmente exporta ou compra produtos terminais ou complementares a sua produção. Quem importa o produto com valor agregado, é o comércio. É por essa razão que nossa Federação se envolve diretamente. Aos comerciantes interessam, sim, produtos acabados, principalmente para importação”, diz o empresário.
Negócios
O Paraná é o 10.º sócio comercial da Argentina, em volume de negócios, o que representa mais do que qualquer país europeu individualmente. No ano passado, o país comprou 1,5 bilhão de dólares em produtos paranaense e vendeu 1,2 bilhão de dólares. Um salto bastante expressivo, segundo o embaixador Luis María Kreckler, que lembra que há 20 anos o comércio com o Paraná era praticamente inexistente.
