O governo da Argentina vai prosseguir com a planejada reabertura da reestruturação de sua dívida pública de 2005, apesar do estrago causado pela turbulência em torno das reservas do Banco Central argentino, disse o ministro da Economia, Amado Boudou.

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A crise, que começou em Buenos Aires na semana passada, tomou novo rumo hoje com a decisão do juiz federal Thomas Griesa, de Nova York, de embargar US$ 1,7 milhão relativos a fundos que o Banco Central argentino possuía no Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Griesa não quis comentar a decisão, mas sua assessoria informou que os detalhes da conferência seriam divulgados mais tarde.

A Argentina reagiu rapidamente, com o banco central do país dizendo que iria apelar da decisão em Nova York, enquanto Boudou tentava minimizar o impacto da notícia para uma audiência doméstica. O ministro disse ontem a jornalistas, em Buenos Aires, que o embargo congelou US$ 1,7 milhão e poderia chegar a US$ 15 milhões, acrescentando que os embargos anteriores foram anulados por recurso.

Boudou afirmou também que a decisão do juiz Griesa foi baseada em um decreto assinado em dezembro pela presidente Cristina Kirchner, que autoriza o uso de até US$ 18 bilhões dos US$ 48 bilhões das reservas cambiais em moeda estrangeira do Banco Central para pagar as dívidas do governo. As informações são da Dow Jones.

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