O ministro da Economia uruguaio, Danilo Astori, incluiu a situação econômica argentina entre os "fatores de risco" que ameaçam o avanço de seu país, junto à crise financeira norte-americana e o aumento do preço do petróleo.

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Em uma reunião na quinta-feira (17) com a comissão da Fazenda do Senado, Astori — que pode sair como candidato à presidência pela Frente Ampla, a coalizão governista — disse que o país tem "três riscos em matéria econômica: a crise nos Estados Unidos, o aumento do petróleo e uma possível crise na Argentina", escreveu o jornal El Observador.

Astori disse ainda, segundo o jornal, que os países nos quais o Uruguai deve se espelhar em matéria econômico-comercial são Chile, Brasil, Colômbia e Costa Rica.

O presidente uruguaio, Tabaré Váquez, acaba de firmar uma "associação estratégica" com sua colega chilena, Michelle Bachelet, e os dois governos encaminham a assinatura de um Tratado de Livre Comércio — que Montevidéu analisa também assinar no futuro com Costa Rica.

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Vázquez, assegurou o jornal, acompanhou pela televisão até "altas horas da madrugada" a votação de ontem pelo Senado argentino do projeto de aumento de impostos sobre as exportações de soja, que terminou com a derrota da proposta do governo de Cristina Fernández de Kirchner.

As relações entre Argentina e Uruguai estão marcadas pelo conflito diplomático — que foi levado ao Tribunal de Haia –, causado pela instalação de uma fábrica de celulose na cidade uruguaia de Fray Bentos, que, segundo Buenos Aires, polui a região.

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A controvérsia levou as relações diplomáticas a seu pior nível em décadas.