Buenos Aires (AE) – O governo do presidente Néstor Kirchner decidiu deixar de lado os desmentidos sobre a escassez de combustível na Argentina e enfrentar a realidade. Ontem, Kirchner anunciou um acordo com a Petrobras para a compra urgente de 20 mil metros cúbicos de óleo diesel.

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O pedido foi feito pelo poderoso ministro do Planejamento Federal da Argentina, Julio De Vido, braço-direito de Kirchner, ao ministro de Minas e Energia do Brasil, Silas Rondeau, durante encontro em Buenos Aires na terça-feira (30).

Este é o segundo ano consecutivo que a Argentina precisa recorrer à importação de diesel para driblar uma crise de desabastecimento.

O diesel brasileiro, que chegará ao porto de Buenos Aires em menos de duas semanas, equivale ao combustível que uma centena de postos de gasolina poderia vender durante o período de um mês na Argentina. Isso implicará, em junho, um aumento de 2% na oferta de combustível no mercado desse país.

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A demanda de diesel aumentou 5% nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 4,03 milhões de metros cúbicos. Segundo a Secretaria de Energia, a Repsol YPF aumentou suas vendas de diesel em 7% entre janeiro e abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2005.

O governo informou que estuda maneiras para reduzir o fluxo de motoristas brasileiros que carregam seus tanques do lado argentino da fronteira, onde o diesel é vendido por 1,50 peso (US$ 0,50) o litro. Uma possibilidade que está sendo analisada é a de cobrar um valor mais elevado para os estrangeiros na área da fronteira.

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