Foto: Arquivo/O Estado

 Diretor do IAP, Rasca Rodrigues.

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O laudo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), sobre a área da Fazenda Cachoeira que será destinada ao enterro das cabeças de gado suspeitas de febre aftosa, foi divulgado ontem. A se confirmar a ordem de sacrifício dos 1.700 animais da propriedade localizada em São Sebastião das Amoreiras, a 47 quilômetros de Cornélio Procópio, os restos poderão ser enterrados em duas das quatro áreas pré-determinadas, sem danos ambientais. A reunião do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), que deve oficializar o sacrifício, acontece hoje, a partir das 14h, na Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

Segundo o diretor do IAP, Rasca Rodrigues, o único detalhe que falta para o fechamento do estudo é saber o número de animais que serão sacrificados. ?Dependendo da quantidade, que pode variar de 200 a 1.700, determinaremos a distribuição pelas áreas escolhidas?, diz.

Após a análise geológica detalhada, duas das áreas indicadas foram descartadas por conter excesso de umidade, que poderia causar contaminação do manancial que fornece água para toda a fazenda. As duas áreas escolhidas, pelas condições do solo, descartam inclusive a necessidade de impermeabilização química. ?O indicado é a compactação mecânica dos corpos com argila, posterior enterro e cobertura com 15 centímetros de cal?, diz Rodrigues. Uma vez autorizado o enterro dos animais na fazenda, confirmado o sacrifício, o Paraná será determinado área livre para comércio de carne em um prazo de seis meses. Mesmo discordando do laudo do Ministério da Agricultura, que indicou a área da Fazenda Cachoeira como foco de aftosa apesar das contraprovas negativas dos exames, o governo do Paraná entende que quanto antes for feito o sacrifício, mais rápido a economia do Estado se recuperará.

Afisa

O secretário da Agricultura e Abastecimento, Orlando Pessuti, recebeu ontem representantes da Associação dos Fiscais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR). Os fiscais, veterinários e agrônomos, reivindicam um plano de carreira e um tratamento diferenciado ao setor, responsável pela segurança agropecuária do Paraná.

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Segundo Rudmar Luiz Pereira dos Santos, diretor da Afisa-PR, o secretário mostrou-se sensível à solicitação e encaminhou à secretária da Administração, Maria Marta Renner Weber Lunardon, o estudo detalhado da carreira. ?Haverá nova reunião dia 24 deste mês e o secretário se comprometeu a dar uma resposta sobre a instituição do plano de carreira até março. Se isso não ocorrer, a greve não está descartada?, disse Rudmar. (Gisele Rech)