A área de plantio com a primeira safra de feijão em 2014/15 está estimada 1,07 milhão e 1,11 milhão de hectares, o que configura um decréscimo entre 8,3% e 4,3% em relação à safra passada. A estimativa é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu primeiro levantamento sobre a intenção de plantio da safra 2014/15, apresentado nesta quinta-feira, 09.
De acordo com a Conab, a maioria dos principais Estados produtores indica plantio menor do que na safra anterior. “A comercialização instável e os riscos climáticos, somados à atratividade de outras culturas concorrentes, como soja e milho, derrubam uma maior intenção dos produtores (em planta feijão) em todo País, nesta temporada”, informa a estatal.
A maior parte do volume da produção de feijão primeira safra está na Região Centro-Sul. Considerando a safra 2013/14, o volume da região é quase 87% da produção total, destacando-se Paraná, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e São Paulo.
Para o feijão segunda e terceira safras, em virtude do calendário de plantio e da metodologia aplicada nas estimativas, a Conab salienta que foram repetidas as áreas da safra anterior e aplicado um rendimento médio, baseado na análise estatística da série histórica das safras anteriores.
Considerando as três safras, estima-se que a área total de feijão poderá alcançar 3,24 milhões até 3,28 milhões de hectares, ou seja, menos 2,9% até 1,5% menos do que na safra passada. A produção nacional de feijão deverá ficar entre 3,19 milhões e 3,25 milhões de toneladas (7,3% a 5,5% menor do que na safra anterior).
Arroz
A área plantada com arroz na safra 2014/15 deve ficar entre 2,250 milhões a 2,482 milhões de hectares. O desempenho representa uma queda de 5,8% até um acréscimo de 4% em relação à safra 2013/14, informa Conab.
No Rio Grande do Sul, que tem a maior área plantada com a cultura no País, a expectativa é de que a área fique entre 1,053 milhão e 1,176 milhão de hectares, o que corresponde a um decréscimo de 6% até um incremento de 5% em relação à safra passada. Segundo a Conab, a diminuição da área de plantio se deve “à rotação de cultura com a soja e a necessidade do combate ao arroz vermelho”. O preparo do solo encontra-se superior a 90% e a área semeada alcança 5%, estima a estatal.
Conforme a Conab, o volume de água disponível nos mananciais é suficiente para irrigação e o preço do produto no mercado se mantém em nível remunerador. “A preocupação dos produtores é quanto à dificuldade de acelerar a semeadura para evitar atraso no estabelecimento da cultura, uma vez que as previsões são de chuvas acima da média. Fora o excesso de umidade, os fatores de produção previstos são favoráveis à lavoura de arroz, projetando uma boa safra”, informa a Conab.
A produção nacional do cereal pode alcançar de 11,920 milhões até 13,223 milhões de toneladas, que representa um decréscimo de 2% até um incremento de 8,7% em relação ao resultado da safra passada, que foi de 12,162 milhões de t.