Uma comitiva de representantes dos países árabes esteve, ontem, em Curitiba. O principal objetivo da visita dos onze embaixadores era estreitar as relações econômicas, políticas e culturais com o Paraná. Os empresários tomaram o encontro como uma grande oportunidade para novos negócios. Somente em 2006, segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, ?o Paraná exportou U$ 540 milhões aos 22 países da Liga Árabe?. Este total ainda tem muito a crescer, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Um dos encontros marcados no Estado foi com os empresários paranaenses. De acordo com a Fiep, este seria ?um marco para a expansão dos negócios com os países que formam o Oriente Médio?. Ainda segundo a federação, enquanto ?a exportação brasileira aos países da Liga Árabe cresceu 65,37% entre os anos de 2004 e 2006, as exportações paranaenses neste mesmo período cresceram apenas 8,4%?. A importância do estreitamento com os países árabes seria também uma forma de reverter esse quadro.
Para o presidente da Fiep, Rodrigo da Costa Rocha Loures, segundo a nota, ?esses países têm grande potencial econômico e uma presença marcante no comércio internacional. E o Brasil, por sua vez, é um grande espaço de produção de matérias primas essenciais para o funcionamento da economia, também com uma indústria muito diversificada. Por isso, essa parceria tem um potencial enorme de alavancagem de negócios?.
Em coletiva para a imprensa, o embaixador da Síria, Ali Diab, comentou que a vinda da delegação para o Estado tem o objetivo de conhecer as potencialidades locais. Segundo ele, Curitiba é reconhecida internacionalmente por alguns avanços que interessam nesse intercâmbio. Ele destacou o sistema de transporte coletivo e a indústria automobilística. ?Vamos estudar as potencialidade dos Paraná para podermos repassar aos países que representamos?, afirma.
De acordo com o presidente da Faciap, Ardisson Naim Akel, materiais de construção e alimentos são alguns dos produtos do Paraná que podem entrar nesse mercado. Ainda segundo ele, produtos do setor metal-mecânico, da indústria automobilística e eletroeletrônicos também podem ficar mais fortes.
Além da Síria, estiveram, no Paraná, representados o Kwait, Sudão, Tunísia, Egito, Argélia, Jordânia, Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Iraque e Líbia.