A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) divulgou, ontem, o primeiro balanço dos trabalhos de dragagem do Canal da Galheta, em execução pela draga holandesa HAM 310, desde o dia 10 deste mês. Até agora, 225 mil metros cúbicos de sedimentos já foram retirados do local.
O equipamento está dragando o trecho mais externo do Canal. A distância média entre o local de carga e descarga é de 15 quilômetros. A produção média da draga gira em torno de 30 mil metros cúbicos por dia.
De acordo com o superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, já foi retirado pela draga um bloco de concreto utilizado para prender as bóias de sinalização (poita) que estava obstruindo o Canal da Galheta.
A estimativa da Marinha do Brasil é de que, ao longo dos últimos 20 anos, cinco poitas tenham sido despejadas no local. Estas poitas, no fundo do mar, retêm sedimentos gerando bancos de areia e deformações.
“Quando havia problemas com boias de sinalização, elas eram deixadas na Galheta. Estas irresponsabilidades passadas foram gerando distorções que nós estamos sanando agora”, afirma Souza.
A expectativa da Appa é de que nos próximos 20 dias a Marinha libere o tráfego noturno de navios na Galheta, porque as áreas mais críticas a serem dragadas já devem estar concluídas.
“No pico da safra, queremos estar com um calado de 12,5 metros, o que vai permitir que os navios saiam do Porto de Paranaguá com carga plena, barateando fretes e gerando mais produtividade”, explicou o superintendente. Atualmente, o calado autorizado pela Capitania de Portos é de 11,3 metros.