A Transbrasil completa hoje (3) seis meses de paralisação. A partir desta data, o Departamento de Aviação Civil (DAC) passa a ter, por lei, o direito de retirar a concessão da companhia aérea. Segundo o DAC, a cassação da licença não é automática e dependerá da vontade do governo federal, que poderá dar mais tempo à companhia. Recentemente, o sócio da Transbrasil Antonio Celso Cipriani e os herdeiros do fundador, o falecido Omar Fontana, transferiram o controle da companhia para a Fundação Transbrasil, que reúne os funcionários. A Fundação estuda formas de colocar três aviões quitados da Transbrasil em operação, pelo menos para pagar salários e direitos dos 1.200 empregados que ficaram sem trabalhar e sem receber os vencimentos.
Analistas do setor acreditam que as chances de a Transbrasil voltar a voar são mínimas. Em primeiro lugar, porque seu espaço no mercado foi ocupado, principalmente pela Gol, nos últimos seis meses. Em abril, a Gol já havia se tornado a terceira companhia nacional no transporte doméstico de passageiros, com 11,97% de participação de mercado, um pouco acima da Vasp (11,73%). Em abril de 2001, a Transbrasil tinha exatamente 11% de fatia do mercado doméstico.