Após derrota, um novo projeto pode ressuscitar a CPMF

O Palácio do Planalto conseguiu arrancar da oposição o compromisso de negociar, ano que vem, a proposta, formalizada apenas à noite, de investir na saúde todo o dinheiro de um novo projeto de ressurreição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Na mesma sessão, os senadores aprovaram a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), mecanismo que permite ao governo dispor livremente de 20% das receitas do Orçamento. (A DRU foi mantida por 60 votos contra 18).

Antes da votação, o líder do governo do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), subiu à tribuna e leu duas cartas de compromisso do governo, uma delas assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o mais claro sinal de desespero do Planalto. Jucá ainda solicitou que a votação fosse adiada, então, de ontem para hoje. Não adiantou. Tão logo o líder governista terminou seu discurso, o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), e o do PSDB, Arthur Virgílio (AM), recusaram-se a adiar a apreciação da prorrogação da CPMF.

Vários senadores – mais de 40 – se inscreveram para falar. Foram diferentes argumentos favoráveis e contrários à manutenção do imposto do cheque. Os senadores da base optaram pelo "discurso do medo". Durante toda a sessão, os governadores do PSDB – principalmente os de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves – monitoraram os senadores do partido e tentaram convencê-los a mudar de idéia e votar a favor da prorrogação da CPMF. Não adiantou.

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