A Copa do Mundo terminou e com isso foi dada a largada para a temporada de negociações para quem quer aproveitar as férias do final de ano livre do ágio cobrado em cima dos pacotes negociados de última hora. Aliás, o momento atual oferece uma condição de preços ainda mais convidativa em função do bom comportamento cambial, dólar abaixo de R$ 2,30 e euro de R$ 3,15, e com uma intensificação das promoções das agências de viagem.
O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Paraná (Abav-PR), Roberto Bacovis, explica que esse excesso de ofertas é uma reação ao impacto negativo da queda na procura por pacotes durante as férias de julho, comprometidas com as alterações do calendário escolar em função do Mundial. “É difícil falar quanto tempo vai durar, mas o certo é que quem aproveitar os próximos dias para fechar pacotes tanto para os feriados e férias ao longo do semestre, quanto para as férias de dezembro, janeiro e fevereiro vai a aproveitar essa tendência de preços bem interessantes, seja para destinos dentro ou fora do país”, recomenda.
Um exemplo dessa trégua nos preços é que um pacote completo (transporte aéreo e estadia) de uma semana para o Caribe, via Panamá, pode ser encontrado negociado por menos de US$ 900. “São valores mais competitivos que sites de compras coletivas e com toda a segurança e comodidade de uma empresa consolidada”, ressalta.
Segundo Bacovis, o poder de barganha do consumidor nas próximas semanas também pode ser ampliado. “Quem oferece uma flexibilidade maior nos dias de partida e retorno pode conseguir, junto ao agente, economizar com a flutuação dos preços de pacotes e do transporte aéreo, que oscila minuto a minuto na internet. Faz parte do serviço da agência, mas nem sempre o consumidor usufrui por conta da limitação dos dias disponíveis”.
Bacovis também orienta que o câmbio baixo é uma condição a mais destas semanas. “Para os próximos meses ninguém consegue afirmar como o câmbio irá se comportar, ainda mais com o fator eleições, que traz mais esse elemento sobre a imprevisibilidade do comportamento da moeda”, comenta.
Moedas
Quanto aos riscos cambiais que envolvem os destinos internacionais, o coordenador do curso de Ciências Econômicas da PUCPR, Carlos Magno Bittencourt, afirma que uma das medidas mais recomendáveis a quem quer viajar é comprar periodicamente moeda estrangeira, principalmente o dólar, por conta da facilidade de troca pela moeda de qualquer país no mundo. “Além de diluir o risco de uma variação cambial muito brusca, ainda colabora com o pagamento da própria viagem de uma forma diferente, que pode variar conforme a disponibilidade de cada mês e sem risco de multas, no caso de uma desistência”, aponta o economista.
Outra vantagem é que esse recurso faz com que o turista evite o uso do cartão de crédito internacional. “Além de pagar o IOF, os gastos com o cartão fazem com que seja imprevisível o quanto se pagará na volta e ninguém deseja um amargo regresso aos compromissos financeiros”.
