O apoio que o Banco Central Europeu (BCE) vem dando para a recuperação da zona do euro tem dependido pouco da tendência de desvalorização do euro e muito mais da melhora das condições financeiras dentro do bloco, afirmou hoje Philip Lane, integrante do conselho diretor do BCE.
O governo Trump vem apontando o euro fraco como um fator crucial por trás do grande superávit comercial da Alemanha com os EUA, um argumento que Berlim tem rechaçado com a visão de que a taxa do euro é influenciada pela política do BCE, que, segundo os alemães, é excessivamente acomodatícia.
O BCE lançou a primeira parte de uma série de programas de estímulos em meados de 2014, incluindo um amplo programa de compra de bônus que teve início em março de 2015. A maioria desses programas continua em vigor. De modo geral, estímulos monetários pesam na taxa de câmbio.
Segundo Lane, porém, o euro tem se mantido relativamente estável desde o lançamento do programa de compra de bônus e a taxa cambial não tem sido fundamental para sustentar a recuperação econômica da zona do euro.
“É importante não exagerar o mecanismo de transmissão da taxa de câmbio para a política monetária”, disse Lane, que também é presidente do Banco Central da Irlanda. Fonte: Dow Jones Newswires.