A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) deve abrir seu segundo escritório na China em cerca de seis meses – o primeiro está em Pequim.
De acordo com o presidente da entidade, Alessandro Teixeira, a intenção é que o novo escritório seja instalado no sul do país. “Tivemos ofertas de várias províncias da China. Estudamos a possibilidade de atender o sul, via Macau, porque abrange Hong Kong, Guangdong e Cantão, regiões extremamente importantes”, afirmou hoje, após participar da Couromoda, em São Paulo.
A instalação de um segundo escritório em solo chinês ocorrerá paralelamente à implementação do plano estratégico desenvolvido há um ano e meio junto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), cujo objetivo é promover produtos brasileiros naquele país.
Segundo Teixeira, a intenção é dobrar o número de eventos com participação brasileira na China. A estimativa é de que, nesses eventos, os produtos brasileiros sejam expostos para 80 milhões de chineses. O foco será em itens mais sofisticados.
“Queremos aumentar a venda de produtos de maior valor agregado. Hoje a China compra muita commodity (matéria-prima), o que não é ruim, mas sentimos que produtos como vestuário, calçados, joias e cosméticos podem entrar no mercado chinês de forma mais forte”, avalia.
Calçados
Durante o primeiro dia da Couromoda, a Apex, a Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro Calçados e Artefatos (Assintecal) renovaram por dois anos projetos de fomento às exportações e à internacionalização de empresas no valor de R$ 28,6 milhões.
No projeto com a Abicalçados, a Apex-Brasil investirá R$ 19,1 milhões, com 471 empresas, que poderão participar de missões comerciais e feiras internacionais, entre outras iniciativas. Com a Assintecal, serão R$ 9,5 milhões com 372 empresas beneficiadas.