Mesmo com o aumento da compra de peixes durante a Semana Santa, com oferta do produto em feiras e praças dos municípios produtores, o consumo de pescado ainda é pequeno no Brasil. Preços nem sempre populares são decorrentes da produção, que também está abaixo do necessário e que acaba regulando o valor do peixe.
“Já existe a percepção da população de que peixe é saudável, faz bem para a saúde. Precisamos aumentar a produção para baratear o custo do produto”, afirma o superintendente federal da Pesca e Aquicultura do Paraná, José Wigineski.
Nos últimos anos, o consumo de peixe aumentou no País, conforme dados do governo federal. Em 2007, a média era de sete quilos ao ano consumidos por pessoa, quantidade que aumentou para nove quilos em dois anos. Na Região Sul, influenciada pela tradição do consumo da carne bovina, o hábito de comer peixe costuma ser menor do que regiões como a amazônica, por exemplo.
“A cada ano queremos aumentar um quilo per capita”, projeta Wigineski. Recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o ideal seria consumir 12 quilos do produto anualmente. Para isso, a atenção tem se voltado para incentivar o consumo do peixe na merenda escolar.
Por enquanto, as escolas que incluem o pescado nas refeições oferecidas aos alunos ao menos uma vez por semana ainda são poucas: 15% do total. “Mais uma vez, um dos fatores é o preço. Onde a experiência tem sido feita, as crianças têm gostado e assim pode-se começar uma mudança cultural no consumo de peixes”, diz Wigineski.
Variedade a partir do peixe
Municípios como Foz do Iguaçu e Marechal Cândido Rondon, no oeste do Estado, possuem uma despolpadeira, máquina a partir da qual pode-se eliminar todos os espinhos do peixe, com a possibilidade de se fazer bolinhos, quibes e cremes a partir do pescado, visando inclusive a alimentação de crianças.
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