O comércio eletrônico no Brasil espera crescer 20% com as vendas natalinas, na comparação com 2010, atingindo R$ 2,6 bilhões em faturamento, segundo projeções divulgadas nesta quarta-feira (16) pela E-bit, empresa especializada no fornecimento de informações do e-commerce.
Em relação às lojas físicas, a expectativa supera com larga vantagem as projeções mais otimistas das entidades de classe. A Associação Comercial do Paraná (ACP), por exemplo, acredita em um crescimento de 8% nas vendas deste final de ano. Embora o desempenho seja positivo, a taxa de crescimento do e-commerce é metade do que o registrado com o Natal de 2010, quando o setor expandiu em 40%.
De qualquer forma, o varejo investe pesado nessa forma de comércio para garantir um bom final de ano. Pegando carona no conceito dos sites de comprar coletivas e as informações coletadas junto aos consumidores por meio das redes sociais, o Walmart Brasil quer ampliar em 30% o faturamento com as vendas eletrônicas no Natal, mesmo tendo por base o fabuloso ano de 2010. “No ano, enquanto o setor deve crescer 30%, nós deveremos ampliar em 60%”, calcula o diretor de marketing do e-commerce do Walmart Brasil, Roberto Wajnsztok.
Para o Natal, o número também acima do que o setor projeta se deve a uma política “intensa” de criar ofertas com produtos entre 10% e 40% mais em conta e que atendam plenamente os anseios dos clientes. “Nosso desafio para este ano será usar a tecnologia da informação para rastrear os sonhos de consumo dos consumidores, por meio das principais redes sociais e, em seguida, ofertar o produto a um preço imbatível”, antecipa Wajnsztok.
Dentro desse raciocínio, o consumidor terá voz nas ofertas do dia. “Trabalharemos o conceito one to one, ou seja, vamos avisar o cliente sobre a oferta que ele solicitou, quando a disponibilizarmos”, conta.
A ação, de acordo com Wajnsztok, soma-se ao cuidado com todo o serviço eletrônico. “Nosso resultados vêm condecorar todo o investimento em segurança e qualidade no atendimento. Partimos da premissa de que o funcionamento do site precisa estar 100% perfeito, pois na internet o consumidor não tem a benevolência de esperar como ocorre na fila de um estabelecimento”, compara.
São esses cuidados que deverão driblar a desaceleração das vendas virtuais e físicas, reconhecidas pela análise divulgada pela E-bit. Para a empresa, fatores como o menor crescimento econômico, queda no poder de compra, a crise internacional, o endividamento com produtos de maior valor agregado e os reflexos da greve dos Correios impactaram de forma negativa as vendas do comércio eletrônico.
Porém, o amadurecimento do setor, aumentando a confiança e transmitindo mais segurança para o consumidor, é apontado como o grande diferencial deste ano. A E-bit acredita que o número de pedidos deverá ser 25% maior se comparado a 2010 e o tíquete médio deve manter-se em torno de R$ 350.
Para aqueles que pretendem realizar suas compras de final de ano por meio eletrônico, a empresa recomenda que isso seja feito o quanto antes. “O e-consumidor deve se precaver e realizar suas compras com antecedência, para garantir que seus presentes cheguem a tempo das comemorações”, indica a diretora da E-bit, Cris Rother. “Além disso, deve sempre estar atento ao realizar uma compra virtual se certificando da seriedade da loja e também das condições oferecidas”, acrescenta. Nos sites www.ebit.com.br e www.confiometro.com.br são disponibilizados serviços para auxiliar o consumidor que, eventualmente, se depara com problemas na entrega dos produtos.