Apagão trouxe prejuízos à Gol

 Foto: Arquivo

Gol: perda de faturamento e custo maior.

São Paulo – O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, informou ontem que os problemas de infra-estrutura e com os controladores de tráfego aéreo ocorridos nos primeiros três meses do ano tiveram um impacto de R$ 110 milhões no resultado da empresa no primeiro trimestre de 2007. O executivo estima que, desse total, R$ 80 milhões tiveram impacto diretamente na receita. Outros R$ 30 milhões são referentes a aumento dos custos.

O executivo informou ainda que os aviões da empresa bateram recorde de 15 horas voadas por dia, em média, no trimestre. Porém, ele disse que o desempenho foi atípico, conseqüência dos problemas gerados pela crise do setor.

?O problema dos controladores e as chuvas atípicas de fevereiro e março, que ocasionaram o fechamento do aeroporto de Congonhas, levaram os aviões a voarem mais?, explicou. A expectativa é que a média volte ao patamar de 14 horas e trinta minutos por dia nos próximos trimestres, quando se espera uma situação mais favorável, com a redução dos problemas do setor aéreo.

Durante teleconferência com analistas para comentar os resultados do primeiro trimestre, o vice-presidente financeiro e diretor de Relações com Investidores da Gol, Richard Lark, afirmou ainda que 4% dos vôos foram cancelados em janeiro, índice que subiu para 14% em fevereiro e ficou em 3% em março.

A expectativa do executivo é que os problemas sejam amenizados ao longo do ano com a contratação de novos controladores de vôo e com as obras que estão sendo realizadas no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A previsão é que a aviação feche o ano com um crescimento da demanda entre 13% e 15% e uma taxa de ocupação entre 68% e 69%.

Compra da Varig foi protocolada para análise no Cade

São Paulo (AE) – O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou que protocolou anteontem no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a compra da nova Varig anunciada no final de março, por US$ 320 milhões. O executivo disse que é difícil estimar qual será o período necessário para que o órgão analise o negócio, mas ressaltou que a expectativa é de que uma posição seja dada no prazo de seis meses ou menos.

De acordo com a lei antitruste brasileira, qualquer fusão ou aquisição de empresas que faturam mais de R$ 400 milhões no Brasil ou detêm participação de mais de 20% de qualquer mercado obrigatoriamente tem de ser submetida ao órgão. Além do conselho as empresas têm de protocolar o negócio na Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça e na Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda. Nesta tarde, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu autorização prévia ao negócio.

Equilíbrio

Em teleconferência com analistas, o executivo disse que a previsão é de que as rotas domésticas da Varig alcancem o ponto de equilíbrio financeiro (?break even?) dentro de três meses. Para as rotas internacionais a previsão é de atingir o equilíbrio no período de quatro a seis meses a partir da reinauguração dos vôos.

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