O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o real é uma moeda forte, porque o Brasil é uma economia forte e a moeda reflete a solidez da economia. “Às vezes, alguns empresários reclamam que a moeda é forte demais, mais isso é da vida, infelizmente a vida é assim”, disse o ministro, na solenidade de apresentação da nova família de cédulas do real.

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Segundo ele, as mudanças são necessárias porque é preciso emitir cédulas mais seguras para evitar falsificações. De acordo com o ministro, as novas cédulas serão fabricadas nos mais altos padrões tecnológicos. “Nós conseguimos isso porque modernizamos a Casa da Moeda”, declarou Mantega, acrescentando que a empresa pública deve também prestar serviços a outros países.

Outro fator mencionado por Mantega para justificar a necessidade de uma nova família de cédulas é que a economia está em expansão, o que gera necessidade de mais meio circulante para viabilizar o aumento das transações econômicas. Além disso, Mantega mencionou a internacionalização da economia brasileira, que reforça a importância de estar mais bem preparada para que o real tenha circulação no exterior.

O presidente do BC, Henrique Meirelles, ressaltou, por outro lado, que, com a consolidação da estabilidade econômica nos últimos anos, o real passa a ser tratado também como reserva de valor. “É natural que a população pense em manter moeda física em casa”, disse Meirelles.

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Ele também salientou o aspecto da internacionalização, que reforça a necessidade de ser ter maior segurança na moeda. O presidente do BC disse ainda que uma preocupação que o governo teve ao projetar a mudança foi a de preservar uma semelhança das novas cédulas com as antigas, de modo a deixar claro que a alteração ocorra dentro de um critério de estabilidade, e não de uma mudança de padrão monetário. “Foram mudanças necessárias do ponto de vista de tecnologia”, disse Meirelles.

O presidente do BC ressaltou ainda que a substituição das notas será feita gradualmente e que não há necessidade de as pessoas correrem para trocar suas cédulas.

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Falsificação

O diretor de Administração do BC, Anthero Meirelles, afirmou que a nova família de cédulas do real foi criada para reduzir “drasticamente” os índices de falsificação da moeda. Segundo ele, do ponto de vista macroeconômico, esse índice é baixo e não representa um problema. Mas, do ponto de vista individual, de quem recebe uma nota falsa, o prejuízo é grande.

Segundo o diretor, há uma tendência mundial de modernização da cédula, e o Brasil está seguindo essa tendência. Um dos aspectos ressaltados por ele foi que a nova família de notas tem um aspecto importante em termos de acessibilidade para deficientes visuais. “A melhor solução encontrada para isso é a diferenciação de tamanho”, afirmou.