O novo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, prevê para o início da próxima década a autossuficiência do País em petróleo. “Seremos grandes exportadores de petróleo”, afirmou, após participar da cerimônia de posse na direção-geral da agência.
A autonomia em combustíveis, no entanto, vai demorar mais tempo a ser alcançada, disse ele.
Oddone ressaltou ainda que avalia o pedido de waiver da Petrobras para as plataformas que serão instaladas nas áreas de Libra e Sépia, no pré-sal. A estatal pede para ser liberada dos porcentuais mínimos de contratação de bens e serviços no mercado interno, previstos em contrato. Segundo o novo diretor-geral, a agência avalia nesse momento as informações entregues pela Petrobras e que a definição será técnica. “Não tem negociação nesse processo”, disse.
Ao comentar os desafios que terá pela frente, Oddone repetiu palavras que têm sido usadas pelo presidente da estatal, Pedro Parente, e pelo Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, demonstrando estar alinhado com a estatal, onde fez carreira, e com o governo. “Precisamos ter a capacidade de adaptação ao mundo dinâmico atual. Ainda se discutem questões da década de 50, que são tratadas de forma ideológica”, disse o diretor-geral da ANP, complementando ser favorável à competitividade da indústria fornecedora nacional.
Oddone afirmou ainda ser possível antecipar os leilões de áreas, se essa for a definição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).