O Programa de Recursos Humanos em Petróleo e Gás Natural, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), pretende distribuir, até o final do ano, R$ 60 milhões em bolsas. Até agora, já foram liberados recursos na ordem de R$ 20 milhões para atender os cerca de dois mil bolsistas que passaram pelo programa, de 31 instituições de ensino, em dezesseis estados brasileiros. No Paraná, participam do programa o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e a Universidade Federal (UFPR).
O programa foi criado em 1999 como forma de incentivar as instituições de ensino a se especializar nas áreas de gás e petróleo. “Isso aconteceu depois da quebra do monopólio do petróleo, onde principalmente a Petrobras voltou suas atenções para sua comunidade interna”, explicou o coordenador-geral do Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico da Superintendência de Relações Institucionais da ANP, Raimar van der Bylaardt. Segundo ele, o programa incentiva a produção de projetos e pesquisas para discentes e docentes do nível técnico, graduação, mestrado e doutorado.
A principal característica do programa, diz Bylaardt, é preservar a idéia da formação convencional, entrando a especialização sobre os temas, como carga de aulas extras ou disciplinas complementares. Apesar de o programa estar no seu quarto ano, o coordenador-geral disse que ainda não foi feita uma avaliação dos profissionais que participam do programa no mercado de trabalho, porém, garantiu que tem informações que 50% dos ex-alunos conseguiram uma colocação.
Participação
Os bolsistas do Programa de Recursos Humanos em Petróleo e Gás Natural participaram ontem em Curitiba de um encontro de avaliação. Esse foi o terceiro do ano, e tem por objetivo “avaliar o desenvolvimento dos projetos, bem como, é uma oportunidade de ouvir as necessidades que os bolsistas têm diante do programa”, falou Bylaardt.
De acordo com o coordenador do Programa de Recursos Humanos do Cefet, Flávio Neves Júnior, a instituição participa com cerca de trinta projetos, que envolvem modelagem, controle, otimização e instrução de processos de petróleo e gás natural. Ele entende que o programa tem um amplo alcance, pois além de incentivar o desenvolvimento dos projetos, a instituição ainda recebe o equivalente das bolsas para aplicar em programas de pesquisa. O coordenador do programa na UFPR, José Viriato Coelho Vargas, também destaca a validade da iniciativa.
