O preço de cada barril das reservas que a União vai repassar à Petrobras no processo de capitalização foi avaliado entre US$ 10 e US$ 12 pela certificadora Gaffney, Cline & Associates (GCA), contratada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo fontes de mercado, o valor é bem superior à avaliação contratada pela estatal, que chegou a uma faixa entre US$ 5 e US$ 6 por barril.

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O laudo da GCA deve ser entregue oficialmente à ANP hoje, mas ontem os valores foram tema de uma reunião conciliatória, realizada em Brasília, entre estatal, ANP e ministérios envolvidos. O valor estipulado pela GCA é considerado excessivamente alto e poderia inviabilizar o processo.

Diante de tantas incertezas, há uma divisão no governo sobre a conveniência de manter o cronograma da Petrobras, que prevê concluir a operação até o dia 30 de setembro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confidenciou a auxiliares que, se não estiver convencido de que o negócio renderá o máximo ao Tesouro, será melhor adiá-lo para depois da eleição.

Na reunião de ontem, estiveram presentes o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, além de representantes da ANP e do Ministério do Planejamento. O objetivo era chegar a um valor não tão elevado quanto o proposto à ANP nem tão baixo quanto o que será apresentado pela Petrobras, calculado pela consultoria De Golyer and McNaughton. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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