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Foto: Arquivo/O Estado

Cresce a produção de álcool nas usinas.

A mistura do álcool anidro à gasolina deve subir de 20% para 25% no próximo dia 1.º de novembro, pelo acordo costurado entre usineiros e o governo desde a semana passada. Depois de uma reunião na qual os empresários garantiram que o aumento da mistura não vai provocar a falta do etanol, o setor sucroalcooleiro encaminha até o final desta semana uma proposta final para ser analisada pelo Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima).

A mistura foi reduzida para 20% em janeiro deste ano, após a iminente crise de desabastecimento do etanol e da disparada do preço do combustível nas destilarias. De acordo com o presidente da União da Agroindústria Canavieira (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho, o intervalo de tempo entre o fechamento do acordo até a eventual aprovação pelos ministros do Cima ?é para dar tempo ao governo, afinal de contas não se trata de tirar o pai da forca?.

Já para o diretor do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Ângelo Bressan, o setor sucroalcooleiro apresentou condições suficientes para que o aumento da mistura se efetive, mas foi sugerido aos usineiros que façam a proposta oficial. ?O pleito tem argumentos convincentes, mas, é claro, depende da aprovação dos ministros do Cima?, disse ele. O Cima é formado pelos ministros da Agricultura, Meio Ambiente, Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e Fazenda. As reuniões do conselho não são periódicas e acontecem em casos como aumento ou redução de mistura, por exemplo.

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Ao governo, os usineiros não farão propostas com dados de fornecimento do álcool hidratado, utilizado no abastecimento de veículos flex fuel ou só a álcool. ?Esse mercado é livre e regulado pelo consumidor, que é o senhor da demanda?, afirmou o presidente da Unica. Exemplo disso é o próprio Bressan, que confessou ter um veículo flex, que utiliza gasolina quando abastece em Brasília, onde o álcool custa, em média, R$ 1,70 o litro. ?Quando vou passar o final de semana em uma fazenda em Goiás, eu abasteço com álcool, onde o litro custa R$ 1,39?, disse o diretor.

A Unica estimou que as usinas e destilarias da região centro-sul do Brasil vão processar 370,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2006/07, volume 9,3% superior a 339 milhões de toneladas processadas na safra passada e dentro das margens de 365 milhões e 375 milhões de toneladas projetadas inicialmente pelo mercado e pelos produtores nesta safra.

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A Unica estima ainda que serão produzidas 15,75 bilhões de litros de álcool em 2006/07, alta de 10,13% ante os 14,3 bilhões de litros produzidos no centro-sul na safra passada. Já a produção de açúcar deve crescer 18,18% e saltar de 22 milhões de toneladas para 26 milhões de toneladas nesta safra.