O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, cobrou do governo federal incentivos à cogeração de energia a partir da biomassa da cana-de-açúcar. “Há desconhecimento sobre os avanços tecnológicos obtidos no setor “, afirmou. Aníbal participa nesta quarta-feira do 11º Seminário Guarani, em São Paulo, que reúne empresários, autoridades e representantes de entidades ligadas ao setor sucroenergético para debater as perspectivas para os mercados de açúcar, etanol e energia.
O evento é realizado um dia após a oficialização, pelo governo federal, de medidas de estímulo à cadeia produtiva da cana, como a redução do PIS e do Cofins para o etanol e uma linha de crédito para estocagem, com prazo de 12 meses e juros de 7,7% ao ano. Os juros do Pro-Renova, programa do Banco Nacinal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para renovação do canavial, também foram reduzidos para 5,5%. “Todos ficamos satisfeitos com os anúncios, mas queremos mais. Que isso seja uma abertura alvissareira para avaliar preços e incluir a cogeração”, defendeu Aníbal.
Segundo o secretário, o Estado de São Paulo produz 4,5 MW de energia a partir de cana, com perspectiva de dobrar esse volume em três ou quatro anos. Ele afirmou que há mais de 100 usinas que carecem de investimentos para seguir na atividade. “Essas unidades têm potencial para ampliar a cogeração em quatro vezes, em média, nos próximos três anos”, avaliou.