As obras para substituição da tampa do reator de Angra 1 foram concluídas e a usina já está gerando energia elétrica, informa a Eletrobras Eletronuclear. A empresa relata que, após uma parada programada, que incluiu o reabastecimento de combustível e manutenções diversas, a unidade voltou a funcionar na quarta-feira (06) às 22h27 e está em processo de elevação de potência. Às 7 horas da manhã desta quinta-feira a usina já tinha alcançado 100 megawatts (MW). A potência total é de 640 MW.
Angra 1 estava desligada desde 5 de janeiro. Segundo a Eletrobras Eletronuclear, a obra mobilizou mais de 1,5 mil trabalhadores, em regime de 24 horas. O valor total do investimento foi de US$ 27 milhões, englobando a aquisição e a instalação da nova tampa do reator e o armazenamento da antiga.
A tampa é um componente importante do circuito primário de uma usina nuclear, que faz o fechamento do reator (onde contém os elementos combustíveis). É, portanto, uma das barreiras contra a liberação de radiação para o exterior. Embora essa substituição não estivesse prevista no projeto inicial de Angra 1, a empresa informa que decidiu fazê-la preventivamente.
“Todas as atividades foram realizadas com êxito. Apesar das inspeções não terem detectado nenhum indício de degradação da peça antiga, a sua substituição garantirá a segurança e a confiabilidade de Angra 1 a longo prazo, contribuindo para a extensão da vida útil da usina”, explica Marcos Melo, superintendente de Angra 1.
Durante o período, além da troca da tampa do reator também foram realizadas inspeções diversas, como: manutenção das turbinas, dos geradores elétricos e das bombas de refrigeração do reator; troca dos termopares de saída do núcleo do reator; substituição do sistema de controle de água de alimentação principal e de nível dos geradores de vapor por um digital; troca do rotor da turbina de baixa pressão; manutenção preventiva dos geradores de vapor; e revisão geral da chave de abertura em carga do gerador elétrico principal.