A indústria automotiva estima que os investimentos do setor no país somem R$ 60 bilhões até o final do regime automotivo, em 2017. A cifra leva em conta a ampliação do parque produtivo e a adaptação às novas regras impostas pela política industrial.
A previsão anterior da entidade indicava US$ 22 bilhões (R$ 44 bilhões) em investimentos no país até 2015.
“Vamos ter que investir muito mais. Há uma variação muito grande no Brasil, com montadoras com [equipe de] engenharia maior e outras com [equipe] menor. Isso deve se ajustar. Vai ser um grande esforço da engenharia nacional”, afirmou o presidente da entidade, Cledorvino Belini.
As novas regras buscam dar competitividade para a indústria nacional e criar condições para que as montadoras disputem espaço também no mercado internacional.
“Precisamos ter uma escala de produção na ordem de 5 a 6 milhões de unidades para enfrentar quem produz 10 milhões. Este projeto vai nos ajudar à medida que atrai investimentos e com a inovação tecnológica que vai nos dar produtividade”, afirma Belini.
Para se adequar ao regime e conseguir benefícios tributários, as montadoras terão, por exemplo, de atender uma meta de eficiência energética para os próximos anos. A melhoria obrigatório de eficiência é de 12% até 2017, o que representa uma diminuição de 13,6% no consumo de combustível.
Haverá também um incentivo para quem atingir um adicional, com abatimento de até 2 pontos percentuais de IPI para uma melhora de 18,8% de eficiência energética, ou 23% de redução no consumo.
Segundo Belini, embora o atingimento do adicional exija um grande volume de investimentos, o que coloca em dúvida sua efetividade, as montadoras devem perseguir o percentual máximo como fator de competitividade de mercado.
