As vendas de veículos novos devem ter crescimento de 4% em 2017 ante 2016, prevê a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), após divulgação de números de 2016. Seria a primeira expansão do setor depois de quatro anos seguido de queda. A projeção é mais otimista que a da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que estima avanço de 2,4%.

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As variações previstas pela Anfavea significam que a entidade começou o ano mais pessimista do que terminou o ano passado. Em outubro, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, havia dito que esperava para 2017 um crescimento de um dígito “parrudo”, ou seja, entre 5% e 9%. Ele explicou nesta quinta-feira, 5, que o maior pessimismo de agora se deve a uma expectativa de menor crescimento do PIB para 2017 e à instabilidade do ambiente político.

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“O governo e o mercado financeiro reduziram as suas projeções para o PIB e nós também revisamos a nossa, o que levou a previsão para venda de veículos a um número um pouco mais baixo. Além disso, o cenário político permanece conturbado”, afirmou o executivo. “E não esperamos a recuperação para os primeiros meses de 2017, isso deve acontecer mais para frente, o desemprego ainda é preocupante, os números de desemprego ainda crescem”, afirmou. Para ele, a recuperação só deve ocorrer quando os investimentos e a confiança voltarem.

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Para os veículos leves, que são os segmentos de automóveis e comerciais leves, a Anfavea espera avanço de 4% no número de unidades comercializadas. Em relação aos veículos pesados, que consideram caminhões e ônibus, o crescimento previsto é de 6,4%.

A produção de veículos também deve ter alta em 2017, de 11,9% sobre 2016. Para os automóveis e comerciais leves, a estimativa é de expansão de 11,3%. Para os pesados, há uma previsão de crescimento de 26,1%. As exportações de unidades de todos os segmentos devem crescer 7,2% em 2017 sobre 2016, com avanço de 7% para os leves e de 10% para os pesados.

No caso das máquinas agrícolas, as vendas internas devem ter alta de 13%. As exportações em unidades devem crescer 6% e a produção deve apresentar expansão de 10,7%.