A média diária de venda de veículos em setembro subiu 4,2% em relação ao mês imediatamente anterior, para 14.840 unidades, segundo informações divulgadas hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em unidades, no entanto, as vendas caíram 4,9%.
O vice-presidente da Associação, Luiz Moan, as medidas macroprudenciais adotadas pelo governo já estão sendo refletidas nas vendas de veículos. No entanto, o executivo afirmou que a média diária de vendas atual, de 14,8 mil unidades, veículos vai ao encontro com a previsão da Anfavea de crescimento de 5% dos negócios em 2011, sobre o ano passado.
O licenciamento de veículos em setembro, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, ficou em 311,6 mil, um aumento de 1,5% em relação a igual período do ano passado. Sobre a queda de produção de 19,7% em setembro em relação a agosto, o executivo da Anfavea afirmou o fato pode ser explicado pela sazonalidade do mês e também devido às paralisações trabalhistas no período. “Nos últimos cinco anos a produção de setembro teve queda de quase 9% em relação a agosto”, afirmou Moan.
Outro dado divulgado pela Anfavea é em relação ao estoque de veículos nos pátios das montadoras e na rede de concessionárias, que fechou setemro com 378.891 veículos. O número representa um giro,ou seja, o tempo que leva da produção para a venda, de 36 dias. De acordo com a Anfavea, as montadoras reduziram seus estoques em dois dias no mês passado, passando de 14 para 12 dias, com 130.287 veículos.
Para Moan, a queda dos estoques nas montadoras se deu devido à menor produção em setembro, que apresentou redução de 19,7% em relação ao mês de agosto. No sentido oposto, o estoque nas concessionárias ficou maior em um dia, indo de 23 para 24 dias, com 248.604 unidades.
Esse patamar dos estoques, acima de 30 dias, foi explicado pelo executivo como um reflexo do “maior número de empresas no mercado brasileiro, crescimento da rede de revenda e o maior volume de modelos” no País. “Não considero um nível elevado. É adequado para a nova modelação da indústria brasileira”, afirmou. A média de estoques considerada normal para analistas é de 25 dias.