As taxas médias cobradas em operações de crédito no País caíram em outubro, registrando o terceiro mês consecutivo de queda, segundo a Associação Nacional de Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). As linhas de crédito para pessoa física tiveram redução na taxa média de 0,09 ponto porcentual de setembro para outubro, ao passarem de 6,69% para 6,60% ao mês.
Queda similar foi verificada nos juros cobrados de empresas, que estavam em 3,97% em setembro e ficaram em 3,89% em outubro. A Anefac espera novos recuos nos próximos meses por conta das prováveis reduções da taxa básica de juros, a Selic.
Na avaliação da Anefac, a queda verificada em outubro pode ser atribuída ao momento favorável do País (mesmo com redução da atividade econômica), à crescente competição no sistema financeiro e aos cortes na taxa Selic. Além disso, segundo a Anefac, houve um aumento na oferta de crédito, que mostrou elevação de 2,3% de agosto para setembro e de 21,9% no acumulado em 12 meses.
A taxa média cobrada no varejo apresentou redução de 0,1 ponto porcentual em outubro ante setembro, para 5,44% ao mês. Para o cheque especial, o recuo foi ainda menor, de 0,02 ponto porcentual, para 8,21% ao mês, enquanto nos financiamentos de automóveis feitos por bancos foi registrada baixa de 0,08 ponto porcentual (para 2,16% ao mês). Também houve queda na taxa média cobrada por bancos no empréstimo pessoal (de 4,47% para 4,31% ao mês) e da taxa média cobrada por financeiras, também no empréstimo pessoal, (de 8,94% para 8,76% ao mês).
Apenas na cobrança pela rolagem da fatura do cartão de crédito não houve alterações de setembro para outubro, onde a taxa média se manteve em 10,69% ao mês. A Anefac também verificou queda na taxa média de juros no crediário de 12 tipos de lojas pesquisadas, que passou de 3,97% para 3,89%.
A Anefac lembra que, de dezembro de 2010 a outubro deste ano, a taxa Selic apresentou alta de 0,75 ponto porcentual, passando de 10,75% ao ano para 11,50% ao ano. Nesse período, no entanto, a taxa de juros média para pessoa física caiu 4,65 pontos porcentuais – de 119,97% para 115,32% ao ano. Já para pessoas jurídicas, houve elevação de 1,63 ponto porcentual – de 56,45% para 58,08% ao ano.