A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou à Enel Distribuição Goiás que apresente um plano emergencial de resgate de qualidade dos serviços prestados no Estado. A empresa terá dez dias para entregar a proposta, que deverá conter uma lista de ações e investimentos a serem realizados no curto prazo. A decisão foi tomada nesta sexta-feira, 15, em reunião da diretoria da Aneel com o presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, o presidente da Enel Distribuição Goiás, Abel Rochinha, e outros executivos do grupo italiano.
O plano emergencial de resgate da qualidade dos serviços, segundo a Aneel, deverá elencar medidas que melhorem a qualidade dos serviços no curto prazo, tais como o atendimento comercial dos consumidores e o cumprimento dos prazos dos serviços, como solicitações de novas ligações e aumentos de carga. As ações serão discutidas entre técnicos da agência, da empresa e da Agência Goiana de Regulação (AGR) na próxima semana.
A Enel Goiás, antiga Celg, pertencia à Eletrobras e ao governo estadual e foi privatizada em novembro de 2016. A empresa tem sido alvo de críticas pela qualidade do atendimento prestado no Estado. Neste ano, a Assembleia Legislativa de Goiás aprovou uma lei que obriga a Enel a arcar com dívidas administrativas e judiciais geradas desde 2012, antes da compra da companhia pelo grupo italiano. A lei é de autoria do governador Ronaldo Caiado (DEM), que a sancionou na semana passada. A Enel pretende questionar a lei na Justiça.