A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou o pedido de revisão tarifária extraordinária (RTE) da Equatorial Energia Piauí (antiga Cepisa), concessionária adquirida pelo Grupo Equatorial em processo de privatização realizado pela Eletrobras no ano passado.

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Pelas regras do contrato de concessão firmado no momento da aquisição do ativo, a Equatorial tem direito a solicitar uma revisão tarifária extraordinária até o terceiro processo de reajuste tarifário, efetuando este pedido com um ano de antecedência.

Neste sentido, em novembro de 2018, a Equatorial entrou com o pedido de RTE, visando substituir o reajuste de 2019 – em uma RTE, além de atualizar os custos da Parcela A (relacionados às atividades de geração e transmissão), a Aneel também revisita a base de ativos da concessionária, permitindo que investimentos realizados sejam incorporados às tarifas.

Segundo a Aneel, não foi possível confirmar a existência física de alguns ativos e havia o risco de estabelecer uma base de ativos inadequada.

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O receio do regulador em aceitar o pedido da RTE tem a ver com o fato de que, pelo contrato de concessão, a base de ativos da concessionária é blindada. Isso significa que, caso a base estivesse erroneamente “inflada”, esse ativos seriam carregados para dentro da tarifa e remunerados até o final do contrato de concessão, penalizando os consumidores.