O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse que, até o momento, não foi informado sobre nenhum acordo entre o governo e a Cemig para retirar a usina de Miranda do leilão marcado para quarta-feira, 27. “Não nos foi comunicado nada disso”, afirmou. “Para nós, o leilão continua marcado para amanhã com todos os lotes previstos”, acrescentou, em referência às hidrelétricas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande.
Se o governo fechar um acordo com a Cemig para manter a usina de Miranda sob o controle da companhia, a Aneel teria que fazer modificações no edital.
Além da retirada da hidrelétrica, a Cemig propôs pagar a outorga da usina no dia 15 de dezembro, fora da data prevista no edital, que é 30 de novembro.
Mais cedo, o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) publicou que o presidente da companhia, Bernardo Alvarenga, esteve no Supremo Tribunal Federal (STF) para se reunir com o ministro Dias Toffoli e apresentar essa proposta.
À tarde, Alvarenga terá reunião na Advocacia-Geral da União (AGU). Embora o presidente da companhia tenha dito que não quer suspender o leilão, o vice-presidente da Câmara, deputado Fabio Ramalho (PMDB-MG), defende a suspensão da licitação até que o acordo seja fechado.