A configuração desenhada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o leilão da usina hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, está pautada pela preocupação quanto ao sigilo das informações dos investidores que participarão da disputa, marcada para o dia 10 de dezembro, na sede da agência.
Como já vem acontecendo nos últimos leilões de energia, a disputa pela usina Santo Antônio será realizada por meio de uma rede fechada de computadores. Cada consórcio ou empresa só poderá escolher três representantes para ter acesso ao sistema digital, em que serão inseridas as ofertas, previamente cadastrados na Aneel.
Os operadores não terão acesso à internet nem poderão portar outros meios de comunicação, como telefone celular, rádio ou pager. O acesso e saída desses representantes do local designado pela Aneel será restrito. Eles, inclusive, passarão por detectores de metal.
O início do leilão está marcado as 10 horas, e não há previsão para seu término. Vencerá quem oferecer o menor preço pela energia que será vendida, a partir do preço-teto de R$ 122 por megawatt/hora, estipulado pelo governo.
A disputa poderá ser realizada em duas fases. Na primeira, as empresas oferecerão um lance único com o preço da energia. Haverá segunda fase se a diferença entre a melhor proposta e as demais for inferior a 5%. Nesse caso, os interessados que continuarem na disputa farão lances consecutivos até que o vencedor seja definido.